domingo, novembro 19, 2006

Meteora

Porque o dinheiro não cresce e há aulas para assistir e trabalhos para entregar no T.E.I., as últimas duas semanas foram passadas em Patras.

De registar o aniversário do Gonçalo e a ERASMUS Party nas residências do Rion da qual não temos registo fotográfico, mas fica aqui a nossa palavra em como nos divertimos.

A biblioteca que tem o único senão de fechar às 2h da tarde.


Jantar de anos do Gon
çalo


Meteora -16 e 17 de Novembro

Leiam os textos que reforçam a vossa cultura geral.

Com 6h30 de viagem pela frente, um farnel “às costas”, à boa maneira portuguesa, muito boa disposição e ansiedade para experimentar frio este ano, partimos na nossa aventura pelo interior da Grécia rumo à famosa região de Meteora.

A nossa viagem começa com a travessia da ponte do Rio para a cidade de Antirrio.

Ao contrário do que alguns pensam não vivemos numa ilha, mas numa enseada, no entanto a ponte do Rio faz a ligação para a parte norte da Grécia. Esta ponte tem particularidade de ter uma falha sísmica entre os dois pilares centrais. Foi construída pelos franceses que demoraram 5 anos para completar a obra e tem uma duração máxima prevista de 100 anos devido ao facto de os pilares se afastarem 1 cm por ano.

A imponência das rochas de Meteora, únicas em todo o mundo, provoca em nós uma sensação de espanto de pequenez e de expectativa para o dia que se segue…

Começa aqui a nossa visita aos mosteiros, mas não sem antes vos escrever um breve resumo sobre a história destes. Prometo ser sucinta …

Em 985 as torres naturais de arenito (rocha suspensa) serviram de refúgio a um eremita que ocupou uma gruta. Em meados do séc. XIV foi construída uma igreja e em 1382, um monge (Anastásio) do monte de Atos construiu o primeiro mosteiro. Foram construídos mais de vinte mas actualmente só existem seis ocupados por monges e freiras ortodoxos.

Agios Nikoláos



Megálo Metéoro - Primeiro a ser construído e também o mais alto (623m). À entrada tem uma gruta onde viveu Anastásio.



Varlaam - Fundado em 1518, tem o nome do primeiro eremita a viver na rocha em 1350.


Rousánou - Mosteiro de Sta Bárbara. Foi precariamente construído sobre o cume de uma espiral de rocha. A sua igreja de Metamórfosis (1545) é conhecida pelos seus frescos pintados em 1560 por iconógrafos da escola de Creta. Actualmente é habitada apenas por freiras.



Ninguém sabe como os primeiros eremitas chegaram ao topo. É provável que enfiassem cavilhas em buracos da rocha e içassem os materiais de construção.

Bens alimentares e pessoas eram içados por um mecanismo de sarilho feito em 1536.




Câmara onde estão guardados os restos mortais dos monges que por aqui passaram.



Nós com dois engenheiros mecânicos que conhecemos e nos acompanharam na visita aos mosteiros.
Atenção
: Não aderimos a nenhuma moda estranha. Nos mosteiros há restrições quanto à roupa. A entrada de mulheres apenas é permitida sob o uso de uma saia.


As pitorescas cidades que atravessamos durante a viagem merecem um lugar de destaque nesta aventura, assim como as montanhas cobertas de neve (não em tanta quantidade como na Polónia ou Suécia) que nos deram a sentir um bocadinho o sabor a Inverno…






Nós junto da nossa “máquina” e, ao lado, alguns exemplos da condução grega. E ainda perguntam porque estão em 1º na Europa e 2º no Mundo em acidentes rodoviários…



Esta viagem, embora com o mesmo entusiasmo de Kefalónia, tem um registo diferente.
Foi um momento de reflexão e de introspecção. Penso que no final saímos com algumas respostas, mais perguntas e uma felicidade e tranquilidade estampadas no rosto, mas também com mais saudades vossas.

Philakees para todos